Como é ser trabalhador-estudante?

Tomar a decisão de estudar e trabalhar ao mesmo tempo não é fácil. Quer estejas a pensar ser trabalhador-estudante por necessidade ou porque precisas de algum dinheiro extra, é sempre bom saber com o que contar antes de “mergulhares” nesta nova realidade.

A primeira coisa que deves decidir é se precisas de ter um trabalho full-time, isto é, um trabalho de 8 horas por dia/ 5 dias por semana ou um trabalho de 7 horas por dia / 6 dias por semana. Neste caso, vai ser quase impossível assistires às aulas.

Portanto, qual vai ser o teu plano? Tens algum amigo/a que te possa passar os apontamentos? Consegues ler resumos da matéria? Em alternativa, se trabalhares durante o dia e te sentires com energia, podes sempre procurar cursos com aulas nocturnas, embora sejam uma minoria e não existam para todos os cursos e mestrados.

Caso tenhas um trabalho part-time, tudo fica ligeiramente mais simples. Podes trabalhar a meio-tempo e assistir a uma boa parte das aulas, por exemplo. Ou então podes optar por trabalhar aos fim-de-semana - mas entre as aulas e o trabalho, vais acabar por ficar sem dias de folga para descansar. O ritmo pode ser extenuante, mas a decisão é tua.

No fundo, tudo se resume à capacidade de te organizares no dia-a-dia. Trabalhar enquanto estudas também tem algumas vantagens: ganhas experiência profissional que pode ser útil um dia mais tarde, aprendes coisas práticas e ganhas independência financeira. 

Também convém saberes quais são os teus direitos enquanto trabalhador-estudante. As universidades conferem sempre estatutos diferentes a quem trabalha. Normalmente dispensa-se a frequência, a participação das aulas e podem utilizar a época especial de exames. 

Quanto às empresas, também tens direito a faltar para ir aos exames da faculdade. Podes faltar algumas horas por semana para ires às aulas (entre 3 e 6 horas por semana, consoante as horas que trabalhas) e ver aqui os direitos dos trabalhadores-estudantes.